Com o instinto sempre desperto no sentido da expansão de meu aprendizado, fui encontrando progressivamente dentro do próprio Hermetismo muitas outras fontes de inspiração, com destaque à Qabbalah Prática (Hermética), a Alquimia (Os Símbolos da Grande Obra) e as Artes Divinatórias (Oraculares) como um todo. Através destas, fui descobrindo paulatinamente um magnífico campo de aplicação prática da Simbologia (Arquétipos), Mitologia (elementos históricos-culturais) e dos Arcanos (Mistérios) que tanto já havia observado e estudado, ao longo da vida.

Assim, pela via Hermética, iniciei formalmente o meu grande “mergulho interior”, o qual há tempos já vinha me preparando para tal; buscando então sempre em alinhar a boa teoria (que alicerça e sustenta) com a devida prática (que executa e aperfeiçoa), foram essas sem dúvida para mim a pavimentação segura, para oque viria a ser o retorno (Religare) à um eterno caminho…

                    ~ VIDYĀ (विद्या) ~

          ŚAIVA (शैव) & ŚĀKTAṂ (शाक्तं)

Seguindo e me profundando ainda mais nesse contínuo processo de evolução e aprendizado, finalmente me reencontrei, de forma plena e definitiva, junto a minha matriz filosófica e espiritual (Oriental): as tradições Tântricas (तन्त्र) do Śaivasampradāyaḥ (Shaivismo – शैवसम्प्रदायः) e do Shaktismo (Śāktaṃ – शाक्तं); tradições essas as quais venho me dedicando nos últimos tempos, com muito amor e profundo sentimento de autorrealização. Ensinamento, práticas e vivências estas que passaram a fazer parte integral e fundamental de minha vida e rotina, tanto a nível pessoal (filosófico/ espiritual) como profissional. Agregando portanto esses mesmos valores à todo o conjunto da estruturação teórica e prática (Expertise) que já possuo, refletindo assim também em meus atendimentos e consultorias, como um todo…

ॐ वृषभध्वजाय विद्महे घृणिहस्ताय धीमहि | तन्नो दक्षिणामूर्ति प्रचोदयात्

“OM RISHABATH-VAJAAYA VIDMAHE

KRUNI-HASTHAYA DHIMAHEE

THANNO DAKSHINAMURTHY PRACHODAYATH”

JAI LORD DAKSHINAMURTHY (दक्षिणामूर्ति)!

” I am my own elder, my own guru, and I only bow to the supreme consciousness (SHIVA) within me…and that is that!”
(Eu sou meu próprio ancião, meu próprio guru e eu apenas me curvo à suprema consciência (SHIVA) que habita em mim…e é isso!)

~ OM NAMAH SHIVAYA ~

      🕉 ॐ नमः शिवाय 🔱

         JAI MAHADEV!

Paralelamente, ao ter meus primeiros contatos com a Filosofia Hermética (ressaltando aqui o princípio do Mentalismo), me senti instigado a iniciar meus estudos e pesquisas relacionadas as Energias Sutís (e demais fenômenos Psíquicos correlatos), abrindo então gradualmente para mim, novas e incríveis possibilidades de aplicação prática desses conhecimentos.

Neste sentido inclusive, todavia com uma abordagem essêncialmente técnica, destacaria especialmente o conjunto da Arte e das práticas relacionadas a Radiestesia e a Radiônica (incluindo também às assim chamadas “ondas de formas”, ou E.I.F.s), como meus principais recursos e ferramentas de uso cotidiano, para fins diversos.

De tudo então que tenho observado, testemunhado e vivido, ao longo de minha jornada, nada em minha máxima compreensão é mais belo, perene e verdadeiro do que o “Céu Noturno”, ou ainda, a “Casa das Estrelas”. Aliás, o conceito Astrológico milenar das constelações Zodiacais, Planetas e Estrelas Fixas, em combinação com as “Mansões Lunares”, ou Asterismos, que tanto já havia estudado anteriormente sob outros aspectos e tradições (Hindu, Árabe e Chinesa), se revelou ainda mais belo e grandioso quando comecei a elevar a minha observação “apenas” simbólica e Arquetípica, para uma observação real, isto é, Astronômica.

Foi portanto esta associação do estudo simbológico, com os conceitos e parâmetros científicos da Astronômia, que me alçaram à um novo patamar tanto em autoconhecimento, como na compreensão da profunda interligação da consciência humana com o Cosmos, revolucionando assim também, o meu próprio entendimento e a aplicação prática desses mesmos conhecimentos.

Após estudar e praticar durante alguns anos com a Astrolgia Ocidental (Tropical), e posteriormente com a Astrologia Hindu (Jyotiṣa), hoje me considero um “livre Sideralista” por excelência; ou seja, os conceitos da verdadeira Astrologia Stellar (ou Sideral, do Latim “Sidera” = Estrelas), livre de quaisquer dogmas, intrigas ou amarras, têm norteado desde então os meus trabalhos nesse campo, todavia, sempre agregando e sintetizando é claro, oque de melhor pude aprender e experienciar, nessas diversas escolas e tradições por quais passei.

Desde muito cedo portanto, tive o incentivo e a oportunidade única do contato, vivência e aprendizado direto com estas diferentes sociedades e culturas, sob os seus mais variados aspectos, incluindo assim no tocante as suas tradições Espiritualistas e Arcanas, pelas quais inclusive, cada vez mais me inclinei. Fiel então à esse mesmo ideal, procurei me manter continuamente ativo em minhas buscas ao longo da vida, retornando sempre que oportuno ao exterior, e também adquirindo e organizando um grande acervo de obras relacionadas as minhas principais áreas de interesse e pesquisas.

Fato é que durante toda essa trajetória busquei, de forma independente, o verdadeiro conhecimento, ou seja, em suas fontes originais e sem medir esforços para tanto (i.e., no sentido amplo do sacrifício e do mérito pessoal), utilizando ainda de uma metodologia própria de “observação, teoria e experimentação” (observando, estudando e praticando). Desta forma, pude fazer (e me submeter a) uma seleção natural em relação à todas essas mesmas oportunidades, isto sempre me pautando também (e acima de tudo!), pela verdade de princípios e pela pureza de intenção, descartando então pelo caminho, na minha experiência, tudo aquilo que se provou vão.

Todas essas mesmas experiências e aprendizados, me levaram ao entendimento de que este nível de Conhecimento adquirido, sem o alicerce fundamental da devida Sabedoria (esta, por sua vez, inata ao indivíduo), torna-se-ia nada, ou quando muito, um mero exercício exterior do intelecto (ou, pior ainda, do próprio ego!), ou mesmo apenas um motivador de práticas rasas em sua essência e portanto inanes em seus objetivos.

Pela minha compreensão dessa verdade, tenho desde há muito como lema a máxima Socrática de que “ipse se nihil scire id unum sciat”. Pois tudo oque hoje de fato sei, é que tal como todos somos apenas “um pálido ponto azul” no Universo, tal qual são infinitas as possibilidades da expansão do conhecimento e da conciência humana, dentro e além deste mesmo infinito…